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Vermelho, Branco e Sangue Azul

O filme é baseado no romance homônimo de Casey McQuiston, nas mãos de Matthew Lopez se torna uma açucarada adaptação. “Vermelho, Branco e Sangue Azul” segue a história de inimizade que se torna amor, entre um herdeiro da coroa britânica e o filho da Presidenta dos Estados Unidos.

Taylor Perez, interpreta Alex Claremont-Diaz o filho da Presidenta Ellen Claremont (Uma Thurman) e ele faz jus ao papel. O ator exerce a personalidade determinada e contestadora do personagem sem parecer pretencioso, esse aspecto dá um charme todo especial. Impossível não torcer por ele.

Nicholas Galitze interpreta Henry um membro da realeza britânica amado por seus súditos. Seu jeito esnobe e irônico desagradam Alex.

Durante um casamento na realeza, em que Alex foi enviado para representar sua mãe ocorre um incidente diplomático. Entre provocações e algumas farpas trocadas eles acabam destruindo o bolo do casamento. O que gera uma repercussão negativa do evento.

Para consertar isso os dois são convocados para uma série de entrevistas para provar que são grandes amigos. Entre entrevistas, mensagens trocadas e festas os dois acabam se apaixonando.

Tanto a bissexualidade de Alex quanto a homossexualidade de Henry não é assumida, e isso leva em conta a posição que ocupam em seus países, uma vez que o conservadorismo presente em ambas nações podem impactar a campanha de reeleição da mãe de Alex e também sacudir a tradicional coroa britânica. O romance tem que ser mantido em sigilo.

Entre os encontros que se tornam cada vez mais difíceis de esconder. Alex convida Henry para uma viagem na casa de veraneio de seu pai em Austin, Texas. O lugar é calmo, diferente das capitais onde vivem cercados por pessoas que estão sempre os  pressionado a serem o que os outros esperam.

Lá eles tomam banho em um rio, essa é a cena que considero a mais comovente do filme. Os dois deitados em um píer, somente com um lago os cercando, os corpos molhados, a luz do sol amena refletindo a pele, os diálogo expondo suas vulnerabilidades, a voz presa, os olhares contentes, que logo ficam perdidos. Criam um momento muito sensível na trama.

Recheado de referências queers, “Vermelho, Branco e Sangue Azul” nos faz embarcar em um conto de fadas contemporâneo que retrata um amor capaz  de fazer os ingleses irem a porta do Palácio de Buckingham hastear bandeiras LGBTQIA+ e a população do Texas não sucumbir a um “escândalo” homossexual envolvendo o filho da Presidenta. Levando em consideração a nossas expectativas reais, a historia nos possibilita um final otimista. Ainda bem que no cinema isso já é realidade.

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